ÁREA DO ASSOCIADO

30/08/2016

Qual o segredo de quem cresce na crise?



O empresário José Rizzo, da empresa Pollux, não tem medo de tempo ruim. Mesmo em um momento de recessão, ele resolveu que não ia deixar de brigar por seu espaço no mercado de automação de linhas de montagem.

Em 2015, enquanto a produção de carros despencava 23%, sua empresa dobrou de tamanho. O segredo? Olhar para dentro de casa. Rizzo estudou o mercado, avaliou a concorrência e conseguiu se estabelecer em um nicho lucrativo, o de veículos de luxo.

Assim como ele, os chamados empreendedores de alto impacto – que tem crescimento médio de 99% em três anos – estão conseguindo fugir da crise com soluções que dependem só da empresa e não da economia.

É o que mostra uma pesquisa feita pela Endeavor, com apoio da Neoway, empresa de soluções de Big Data, e patrocínio do banco J.P. Morgan, por meio do programa J.P. Morgan Chase Foundation.

 

O estudo Desafios dos Empreendedores Brasileiros 2016 entrevistou mil empresas de todas as regiões do país, divididas em três categorias: geral (crescimento de até 40% na equipe nos últimos três anos), alta performance (expansão superior a 40% no mesmo período) e alto impacto (os 31 empreendedores apoiados pela Endeavor com crescimento médio de 99% em três anos).

Para os empreendedores em geral, a crise afeta mais os seus negócios do que sua própria competência para resolver os problemas. No entanto, para os negócios de alto impacto, a solução está dentro de casa e eles culpam menos o ambiente externo.

Quando questionados sobre o que mais afeta o resultado, numa proporção de 0% a 100%, a crise aparece com 43% e a competência interna, com 57%. É o contrário do que dizem os empreendedores em geral. Para eles, a crise é a responsável por 60% dos resultados.

Um aspecto importante das empresas que mais crescem e que pode ser usado no seu negócio é não se deixar abater por questões complexas como a burocracia, as regulações jurídicas e o custo da mão de obra com carteira assinada.

O estudo apontou ainda que networking e capacitação são essenciais. Entre os negócios de alta performance e de alto impacto, 58% e 100% recebem mentoria, respectivamente. Na média geral, mais de 80% dos empreendedores responderam que participam de palestras, congressos e competições de modelos de negócios.

* Texto publicado no caderno Vida Ganha, do jornal Extra, em 19 de julho de 2016.


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